O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse nesta segunda-feira (7) que a linha de frente de Donetsk, onde ocorrem combates pesados, está “literalmente coberta” de cadáveres russos.
“A região de Donetsk continua sendo o epicentro da maior loucura dos ocupantes: morrem centenas todos os dias. O terreno em frente às posições ucranianas está literalmente coberto com os corpos dos ocupantes”, comentou no já habitual discurso noturno.
Zelenski disse que ao longo da linha de frente as forças ucranianas estão mantendo uma “defesa ativa”, e em áreas do leste e do sul estão empurrando “gradualmente” os russos de volta. “Pouco a pouco, estamos fazendo progressos”, enfatizou.
O líder ucraniano disse que alguns dos militares russos, vendo “o que estava acontecendo, se queixaram ao governador da região, Primorsky Krai, sobre perdas colossais”.
Mas o governador Oleg Kozhemyako, previsivelmente, segundo Zelenski, “mentiu” na resposta, afirmando que “as perdas estão ‘longe de ser tantas”.
O presidente ucraniano pediu assim aos cidadãos russos para encenarem um protesto “feroz”, mas não nas redes sociais, não “debaixo do cobertor”, mas nas ruas, “contra os que se encontram em Moscou”.
Os russos atacaram nesta segunda-feira mais de 50 assentamentos no Donbass, Zaporizhzhia, Kherson, Mykolaiv, Kharkiv e Dnipropetrovsk, mas as forças ucranianas responderam em todas as frentes, segundo Zelenski, que detalhou que um dos resultados foi a destruição de um avião russo.
Zelenski também garantiu que o país recebeu novos sistemas de defesa aérea e, embora a proteção do céu ucraniano “não esteja 100%”, está progredindo em direção a este objetivo.
O mandatário também informou sobre a decisão do Estado-Maior da Ucrânia de assumir o controle “à força” de cinco empresas ucranianas “para satisfazer as necessidades da guerra“.
São elas Motor Sich, KrAZ, Ukrnafta, Ukrtatnafta e Zaporizhtransformator, que atualmente mal operavam e que, a partir de agora, sob a a “gestão militar-estatal”, estarão envolvidas na reparação e produção de equipamento, fornecimento de forças de defesa e restauração de infraestruturas, explicou o presidente no discurso.