O casal Jonathan Toebbe e Diana Toebbe foi condenado por tentar vender segredos sobre submarinos nucleares norte-americanos para o Brasil. Na quarta-feira 9, a Justiça dos EUA sentenciou Jonathan a 19 anos de cadeia e Diana, 21.
De acordo com Matthew G. Olsen, promotor-assistente da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça, “o casal conspirou para vender informações restritas que colocariam em risco as vidas de homens e mulheres militares e a segurança dos Estados Unidos”.
“Esses atos são traição de confiança, não só ao governo dos Estados Unidos, mas com a população norte-americana”, afirmou Alan E. Kohler Jr., diretor-assistente da Divisão de Contrainteligência do FBI.
Engenheiro ofereceu à agência de inteligência militar brasileira dados sigilosos da tecnologia dos reatores nucleares de um submarino de ataque que custa US$ 3 bilhões https://t.co/oWL1Wl2G1x
— Jovem Pan News (@JovemPanNews) November 11, 2022
Motivo de o casal ter escolhido o Brasil
De acordo com as investigações, a dupla ofereceu as informações para o Brasil por julgar o país como “rico o suficiente” para adquirir os documentos e para “obter a mesma tecnologia”. No entanto, o serviço de Inteligência brasileiro entregou os documentos para o FBI no instante em que recebeu os segredos.
Ainda segundo as apurações, o casal escolheu o Brasil por não achar “moralmente correto” entregar documentos a países adversários, ou aliados muito próximos. Ambos foram presos por um agente disfarçado do FBI, que se passava por representante brasileiro no momento da negociação.
História do caso
Jonathan era engenheiro do Departamento da Marinha e, com anos de coleta dos documentos, concordou em vendê-los por US$ 100 mil (R$ 500 mil). A troca dos segredos era feita em lugares planejados, e Diana acompanhava seu marido para ser a vigia, para se certificar de que ninguém o estava seguindo.
No dia 8 de junho do ano passado, o agente disfarçado enviou US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil) em criptomoedas para o ex-engenheiro como “pagamento de boa-fé”. Dias depois, em 26 de junho, Jonathan enviou as informações por meio de um cartão de memória escondido em um sanduíche de manteiga de amendoim.
Na segunda vez que se encontraram, em 28 de agosto, o criminoso entregou o cartão de memória escondido dentro de um chiclete, com mais segredos do Estado. Depois dos encontros bem-sucedidos, o casal foi preso após a última entrega, realizada no dia 9 de outubro.