No próximo duelo da Seleção Brasileira pela Copa do Mundo, diante da Suíça, nesta segunda-feira (28), às 13h, mais um ex-jogador do São Paulo será titular da equipe canarinho. Além do volante Casemiro, peça intocável do técnico Tite, dois atletas com passagem pelo Tricolor disputam uma vaga na lateral-direita do time.
Isto porque o titular da posição Danilo sofreu uma lesão ligamentar medial no tornozelo esquerdo, na primeira partida do Brasil, contra a Sérvia, e está de fora pelo menos da fase de grupos do torneio.
Deste modo o jovem Éder Militão e o veterano Daniel Alves brigam para iniciar o próximo jogo entre os onze iniciais. O primeiro sai na frente, em razão das semelhanças técnicas com Danilo. A ideia do técnico Tite é, assim como no confronto de estreia, alternar o lateral-direito nas funções de terceiro zagueiro e ala, dando liberdade ao ponta.
Daniel Alves, por sua vez, surge como uma opção mais ousada. O atleta oferece maior criatividade ao time, mas diminui o poder de marcação, característica fundamental no estilo de jogo proposto pelo treinador.
Militão e Daniel Alves tiveram saídas conturbadas do São Paulo
Atualmente com 24 anos, Militão deixou o São Paulo em 2018, negociado com o Porto, de Portugal. Na ocasião a transferência do defensor rendeu quatro milhões de euros (R$ 17,3 milhões na cotação da época) aos cofres do clube. Contudo o Tricolor ainda manteve 10% de uma futura venda do atleta, formado nas categorias de base de Cotia.
Apesar das baixas cifras a transferência foi vista como indiscutível, uma vez que o atleta fez jogo duro para renovar o seu vínculo com o time paulista e tinha a possibilidade de sair de graça ao final da temporada, devido ao pouco tempo restante de contrato.
Já Daniel Alves viveu um grande conflito no São Paulo. O lateral, multicampeão por Barcelona, Juventus, PSG e Seleção Brasileira, chegou ao Tricolor em meados de 2019.
Na época, visto como uma das principais contratações do futebol sul-americano para a temporada, Dani assinou um vínculo de três anos e meio com a equipe paulista, com salários na casa de R$ 1,5 milhão.
No entanto, muito por conta da pandemia do novo coronavírus, o São Paulo se viu envolvido em uma crise financeira gigantesca. Os salários dos atletas do elenco principal tiveram que ser cortados pela metade em 2020, com a promessa de que seriam pagos na temporada seguinte.
O ano virou e o acordo não foi cumprido. Dani, que recebia o maior vencimento da equipe, se demonstrou insatisfeito com a situação e disse que só voltaria a atuar caso os honorários fossem quitados, integralmente. Nesta altura já não havia mais clima entre atleta, torcida e clube.
Deste modo o São Paulo se viu obrigado a rescindir com o lateral, em 2021, mediante ao pagamento de uma dívida, que girava em torno de R$ 18 milhões. O acordo foi selado em 60 parcelas de R$ 400 mil e totalizará R$ 24 milhões, ao longo de cinco anos.