A segunda-feira 16 vai entrar para a história da polícia italiana. O chefe da máfia mais procurado do país, Matteo Messina Denaro, foragido havia 30 anos, foi identificado e preso em um hospital particular na capital siciliana de Palermo, anunciaram as autoridades.
Messina Denaro, de 60 anos, é chefe da máfia “Cosa Nostra”, da Sicília. Ele foi condenado à revelia à prisão perpétua por seu papel nos assassinatos em 1992 dos promotores Giovanni Falcone e Paolo Borsellino. Ele também enfrenta uma sentença de prisão perpétua por seu papel nos ataques a bomba em Florença, Roma e Milão, que mataram dez pessoas no ano seguinte.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, saudou a prisão como “uma grande vitória para o Estado, que mostra que nunca desiste diante da máfia”.
Segundo a polícia, mesmo com seu “desaparecimento”, o chefe da máfia continuava a dar ordens na área ao redor da cidade siciliana de Trapani, seu reduto regional.
A prisão
Conforme o general Pasquale Angelosanto, comandante do Grupo de Operações Especiais, o chefe da máfia foi surpreendido dentro de um hospital particular.
Matteo Messina Denaro sofre de câncer de cólon, com metástase no sangue. Por esta razão, o fugitivo passava por tratamento de quimioterapia no local. O criminoso, para não ser descoberto, teria usado o sobrenome “Bonafede”. Mas sua tentativa de passar despercebido não deu certo.
No momento da prisão, Messina Denaro usava um chapéu, um casaco de pele de carneiro e óculos escuros. O chefe da máfia estava fisicamente diferente das últimas fotos conhecidas dele de anos atrás.
Após sua prisão, o agora ex-fugitivo Messina Denaro foi transferido para o quartel de San Lorenzo, na Via Perpignano, sob forte esquema de segurança.