Um achado recente levou o Brasil para uma das maiores revistas científicas do mundo! Pesquisadores encontraram pegadas de dinossauros e pinturas de arte rupestre em um sítio arqueológico na cidade de Sousa, na Paraíba.
A descoberta aconteceu no Sítio Serrote do Letreiro e entrou para os destaques da Revista Nature. As pegadas fossilizadas são de dinossauros teríopodes, saurópodes e iguanodontianos, que datam entre 145 a 100,5 milhões anos atrás.
Já as pinturas, foram encontradas diretamente na superfície da rocha. As imagens datam do período pré-colonial no país. Elas não foram totalmente identificadas e se assemelham a serpentes e estrelas.
Ligação entre arte e pegadas
A região já é conhecida por achados arqueológicos, mas o novo estudo tem um diferencial.
Segundo os pesquisadores, que publicaram os resultados na revista Nature, as pinturas foram criadas ao redor da pegada e de maneira proposital.
Rastros de dinossauros e arte rupestre já foram encontrados em associação antes, mas dessa vez, os dois exibem uma relação muito estreita, segundo os pesquisadores.
“É inquestionável que os gravadores reconheceram as pegadas e executaram intencionalmente os petróglifos ao seu redor, estabelecendo uma ligação simbólica entre a expressão gráfica humana e o registro fósssil”, disseram no artigo.
22 símbolos
A equipe pesquisou o local e identificou três grandes partes do terreno com os símbolos.
Na primeira região, foram encontrados mais de 22 símbolos, tendo a maior concentração de pegadas de terópodes.
Já no segundo, apenas dois petróglifos, enquanto no último, foram identificadas 30 esculturas, bem como marcas bicadas e rastros deixados por grandes dinossauros.
Símbolos não identificados
Em grande maioria, os símbolos encontrados são circulares, com linhas radiais.
O significado não é óbvio, mas os pesquisadores interpretam como formas geométricas e apresentam uma semelhança bem grande com gravuras rupestres encontradas em outros locais da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Alguns lembram estrelas e serpentes.
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Cuidado com as pegadas
O artigo ainda explica que a variação de estilo sugere que vários indivíduos estão por trás dos desenhos.
Mas não há identificação de quem eles são. Uma coisa é fato, segundo o estudo, essas pessoas tiveram muito cuidado ao esculpir ao lado das pegadas dos dinossauros.
“Em nenhum dos casos foi constatado que a criação de um petróglifo resultou em danos às pegadas existentes, sugerindo consideração por parte dos fabricantes”.
Com informações de IFLScience.