Vitória da ciência fica entre as mais lidas da semana. Uma garota com uma condição genética rara, foi curada por médicos britânicos depois de anos procurando um diagnóstico.
Natural de Bradford, na Inglaterra, Kai Xue, de 13 anos, é um dos 21 casos do mundo de uma doença linfática conhecida como síndrome de Wild. A adolescente também tinha ascite quilosa grave, caracterizada por acúmulo de líquido linfático no abdômen.
Ning Chen, mãe da menina, se cansou de procurar tratamento para Kai, até que a adolescente foi internada no Royal Stroke University Hospital. Lá, foi submetida a um tratamento inovador durante cinco semanas, até receber alta!
Líquido acumulando
Mãe e filha chegaram a viajar para China em busca de um tratamento que pudesse trazer a cura, mas Kai permanecia sem diagnóstico.
“Tentamos de tudo, desde dietas restritivas até voar para a China em busca de tratamento”, explicou Ning.
Durante a infância, os problemas eram constantes. “Estivemos sob os cuidados de vários hospitais diferentes para tentar descobrir qual era o problema, mas ninguém sabia a causa”, disse.
Drenagem do abdômen
Depois de anos buscando resposta, Kai foi encaminhada para um hospital em Stroke-on-Trent.
Lá, a garota foi atendida pela doutora Mona Mossad, radiologista intervencionista especialista em intervenção linfática.
A situação de Kai era muito difícil, segundo a profissional médica, uma vez que o acúmulo linfático pressionava os órgãos internos da menina.
Logo a equipe começou uma dilatação torácica para melhorar a drenagem linfática na paciente. O paciente nunca havia sido realizado em uma criança no Reino Unido, apenas em adultos.
Tratamento inovador
Mas isso ainda não foi suficiente. A equipe continou procurando e encontrou um vazamento no fígado de Kai.
“Este foi um procedimento muito desafiador, pois precisávamos visualizar e bloquear vasos linfáticos no fígado que medem menos de um décimo de milímetros em adultos”, contou Mona.
Devido a idade da criança, a equipe teve que encomendar agulhas menores próprias para uma cirurgia dessa complexidade.
O vazamento estava no lado esquerdo do fígado de Kai e foi reparado com uma cola cirúrgica especial. Com o método, 28 litros de líquido foram drenados para fora do corpo.
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Se recupera bem
Foram cinco semanas internada, até que pudesse receber alta.
“Estamos muito felizes por Kai, que é a primeira criança a se submeter a este tratamento em qualquer lugar do mundo”, disse Yvonne Slater, consultor gastroenterologista pediátrico.
Para a mãe da menina, Ning, o momento é muito especial.
“Kai é muito especial e gostaria de agradecer muito a todos do Staffordshire Children’s Hospital em Royal Stoke e do UHNM por trabalharem duro para cuidar dela”, finalizou.
Com informações de Telegraph & Argus.