Que linda forma de inclusão! Em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, um senhor de 68 anos faz bonecas de crochê personalizadas, como com manchas de vitiligo, e vende pelas redes sociais. A ideia é sucesso até no exterior, com produção para os Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal.
João Stanganelli Júnior é carinhosamente conhecido como o ‘vovô crocheteiro’ e foi diagnosticado com vitiligo aos 38. O hobbie começou de forma inesperada, após um infarto que o deixou temporariamente afastado das atividades.
Enquanto se recuperava, João observava a esposa trabalhando com crochê, especialmente o ‘amigurumi’, e foi ali, entre linhas e agulhas, que encontrou uma nova paixão.
A primeira boneca foi para a neta
A primeira cliente não podia ser mais especial: foi a neta.
“Comecei a tentar aprender, comecei a fazer tapete, coisas que não tinham nada a ver comigo. Eu queria fazer algo diferente, aí deu vontade de fazer uma boneca para a minha neta”, lembra o vovô.
A foto da bonequinha com as manchinhas de vitiligo que deu de presente a ela viralizou no mundo todo.
Depois disso, ele não parou mais. Começou a receber pedidos e mais pedidos!
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Pedido feito ao Papai Noel
A próxima encomenda foi para uma criança que pediu a boneca em uma cartinha para o Papai Noel.
“Foi encantadora a resposta dela. Foi exatamente aí que eu vi que dava para fazer alguma coisa com as bonecas”, contou seu João.
Com a esposa, o vovô crocheteiro produz as bonecas na própria casa. Normalmente, demora um dia para fazer o produto.
Representatividade
Seu João disse que nunca sofreu preconceito pela condição de vitiligo, mas que é inspirador ver essa representatividade.
Ele também começou a fabricar bonecos em cadeira de rodas, muletas e outras condições.
Para o vovô, mais do que uma fonte de renda, eles representam uma forma de empoderar as crianças e adultos, e a aceitar e celebrar a diversidade.
“Eu via que a boneca era algo fantástico para ajudar as pessoas, levando alento, representatividade, resiliência, tanto para crianças quanto para adolescentes e adultos que sempre falam que queriam ter uma boneca dessas na infância”, finalizou.
Com informações do G1.