Em 4 de março de 1946, na pequena cidade de Araçariguama, interior de São Paulo, ocorreu um dos casos mais enigmáticos da ufologia brasileira: a misteriosa morte de João Prestes Filho, que ficou conhecido como “o homem que derreteu”.
Naquele dia, João, um lavrador de 44 anos, decidiu aproveitar o feriado de carnaval para pescar, enquanto sua esposa e filhos participavam das festividades na cidade. Ao retornar para casa, por volta das 18h, ele foi surpreendido por uma intensa luz ao abrir a janela de sua residência. Testemunhas relataram que João descreveu o fenômeno como uma “tocha de fogo”. Imediatamente após a exposição, ele sentiu seu corpo arder intensamente.
Desesperado e sem entender o que havia ocorrido, João percorreu cerca de 2 quilômetros até a casa de sua irmã, buscando ajuda. Lá, afirmou ao delegado João Malaquias que o que o atacara “não era coisa deste mundo”. Familiares relataram que ele apresentava queimaduras graves da cintura para cima, especialmente no rosto e nas mãos. Curiosamente, suas roupas e cabelos permaneciam intactos.
João foi levado ao hospital de Santana de Parnaíba, a aproximadamente 20 km de distância, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo antes de receber atendimento médico adequado. A certidão de óbito indicou colapso cardíaco e queimaduras generalizadas de primeiro e segundo graus como causas da morte.
Investigações posteriores não encontraram evidências de incêndio na residência de João, e não havia sinais de fuligem ou danos em seus pertences pessoais. Além disso, relatos de moradores da região mencionavam avistamentos frequentes de bolas de fogo cruzando o céu à noite, fenômeno que eles associavam ao folclórico “Boitatá”.
Até hoje, o caso de João Prestes Filho permanece sem explicação definitiva, alimentando debates e teorias que vão desde ataques extraterrestres até manifestações de entidades folclóricas. Sua história continua a intrigar pesquisadores e entusiastas do inexplicável, consolidando-se como um dos maiores mistérios do interior paulista.
Para uma compreensão mais aprofundada deste caso enigmático, confira o documentário “O Homem que Derreteu: Caso João Prestes”, que explora possíveis explicações, desde contato com radiação até teorias sobre o Boitatá.